
Deserto do Atacama
23/01/2014Tendências em viagens por Rogéria Pinheiro
Já imaginou um lugar com paisagens deslumbrantes, que vão de montanhas esculpidas pelo vento e dunas altas e majestosas a vales verdejantes cortados por escassos leitos de rios – isso sem falar nos vulcões que parecem desenhados no horizonte, os intrigantes salares, além de geiseres e termas? Ufa… Assim é o Deserto do Atacama, o mais surpreendente dos destinos que já tive o prazer de visitar.

Flamingos no Atacama
Foto: Divulgação/Hotel Alto Atacama
O Atacama empolga os apaixonados pela natureza, mais ainda em cima de uma bicicleta! É muito fácil de chegar lá, são voos diários de Santiago para Calama e mais 1h e meia de carro até San Pedro de Atacama.
*Onde ficar?
Há hotéis para todos os estilos e bolsos. Os mais bacanas já incluem todas as refeições e explorações nas diárias, são comprometidos com a sustentabilidade e a comunidade local e têm infraestrutura para atender qualquer estilo de viajante.
Me hospedei no hotel Alto Atacama e adorei. É uma propriedade pequena, rústica e extremamente charmosa. Prima pelos detalhes que fazem toda a diferença.

Hotel Alto Atacama
Foto: Divulgação/Hotel Alto Atacama
O hotel está 100% integrado à natureza, o que proporciona ao hóspede uma vivência genuína. Tudo ali foi cuidadosamente pensado para que a gente se sinta inserido naquele ambiente, desde a disposição das acomodações até o serviço e a gastronomia, por meio do trabalho com a comunidade local.

A piscina do hotel
Foto: Divulgação/Hotel Alto Atacama
Praticamente todo staff é formado por atacamenhos, principalmente os guias, e isso é muito bacana! Ao conversar com eles, é possível sentir o orgulho e o amor que sentem pela sua terra, história e antepassados. Há alguns guias mais experientes que trocam ideias com os hóspedes para explicar em detalhes cada exploração, conhecer suas preferências, além de orientar sobre o nível de desafio que poderão experimentar.
Onde encontrar:
www.altoatacama.com
*O que fazer?
Há muito o que ver no Deserto do Atacama e tudo é uma verdadeira surpresa. Aliás, nunca me surpreendi tanto em uma viagem! Só o hotel Alto Atacama oferece mais de 20 opções.
A exploração ao Los Colorados abre com chave de ouro. Após uma caminhada de cerca de 6 horas por inóspitas e áridas paisagens através da Cordilheira de Sal, nos deparamos com a Grande Duna do Vale de Marte, altíssima e incrivelmente bela. Lá do alto, nada além de você e a sensação estar em outro mundo! A única preocupação é como será a aventura de descer depois aquela imensidão de areia…

Dunas Vale de Marte
Foto: Divulgação/Hotel Alto Atacama

Vale de Marte
Foto: Rogéria Pinheiro
As Lagunas Cejar também são incríveis. A concentração de sal nas lagoas é tão grande que, assim como no Mar Morto, mergulhar é impossível! Chegar lá de bike pode ser uma boa opção, afinal são apenas 21 km a partir do hotel.
Assistir ao pôr do sol no Vale da Lua é imperdível. Uma das maiores emoções da viagem! No local encontramos muitos turistas, mas toda aquela energia de confraternização tornou o momento ainda mais especial.

Eu assistindo ao lindo pôr do sol…
Foto: Rogéria Pinheiro

Pôr do sol no Vale da Lua
Foto: Rogéria Pinheiro
As Termas de Puritama e o Salar de Atacama me deixaram sem palavras, tamanha a beleza e a grandiosidade.

Caminho para as Terma de Puritama
Foto: Rogéria Pinheiro

Salar de Atacama
Foto: Divulgação/Hotel Alto Atacama

Salar de Atacama
Foto: Rogéria Pinheiro
Há tantas outras explorações maravilhosas a escolher como os Geisers de Taitio, Salar de Tara e os hikkings em vulcões, como Licancabour, que exige mais tempo, além de experiência e fôlego. Todas elas fazem do Deserto do Atacama o destino mais que perfeito para quem quer se desligar da loucura da cidade grande para se conectar à natureza e a si mesmo.

Geisers de Taitio
Foto: Divulgação/Hotel Alto Atacama
*Quanto tempo é necessário para a viagem?
Para curtir bem o Deserto do Atacama, sugiro pelo menos 5 noites, pois são 4 dias inteiros para desbravar as maravilhas do lugar e ainda relaxar no hotel e aproveitar o “pueblo” de San Pedro de Atacama – que é um charme só, cheio de restaurantes, bares e lojinhas com artesanato local.
*Onde comer?
A dica para jantar no “pueblo” é o Café Adobe. Está na rua principal, Calle Caracoles, e serve comida deliciosa em um cardápio bastante variado, além de uma atmosfera descontraída e muito animada.

Café Adobe
Foto: Divulgação/Café Adobe
Onde encontrar:
www.cafeadobe.cl
*O que levar?
Por ser o deserto mais árido do mundo, o tempo seco pode maltratar muito a pele, então na bagagem não pode faltar creme hidratante, óleo de amêndoas, soro fisiológico e colírio. Trajes super confortáveis e despojados e uma boa máquina fotográfica para registrar tudo – ainda que aquelas paisagens tão diferentes ficarão devidamente capturadas mesmo só na sua memória!
E, se me permitem definir tudo em uma frase, eu diria que o Deserto do Atacama não tem nada de tropical, mas é, sem dúvida, abençoado por Deus e bonito por NATUREZA! Uma beleza! 🙂
*Formada em turismo, Rogéria Pinheiro é apaixonada por viagens e pela arte de fazer sonhos. Ao longo de 15 anos construiu uma sólida carreira no mercado de viagens de alto padrão e visitou destinos incríveis. Hoje atua com a sua consultoria especializada junto às mais sofisticadas agências e operadoras de viagens do Brasil. No Magari blu, apresenta aos leitores as tendências em viagens e o que está na moda pelo mundo do turismo.
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